Interferência Da Época De Manejo Do Nabo Forrageiro (raphanus Sativus) No Desenvolvimento Inicial Da Cultura Do Milho (zea Mays)
Resumo
Introdução: O plantio de espécies antecessoras à cultura do milho com o objetivo de produzir massa verde é uma prática muito utilizada (Silva et al., 1985) e nesse contexto, o nabo forrageiro (Raphanus sativus L.) é a principal espécie utilizada na região, especialmente por apresentar ciclo curto e por incluir-se sistema de rotação de culturas no plantio direto. O presente trabalho tem por objetivo avaliar a interferência da época de manejo do nabo forrageiro com herbicidas no desenvolvimento inicial da cultura do milho. Material e Métodos: O presente trabalho está sendo conduzido à campo na localidade do Sobradinho, distrito do município de Maçambará, RS, sob sistema de plantio direto. Primeiramente efetuou-se a semeadura da cultura do nabo-forrageiro (Raphanus sativus L.) em linhas com espaçamento de 45 cm com semeadora-adubadora própria para a distribuição de sementes miúdas na densidade de 12 kg/ha no dia 10 de maio. As parcelas foram delimitadas com o delineamento experimental inteiramente casualizado com 4 repetições, tendo cada unidade experimental 24 m2 (6m x 4m). Os tratamentos compreenderam diferentes épocas de manejo da cultura antecessora com relação à data do plantio do milho. Foram aplicados 4 tratamentos: T1 – 10 DAP (dias antes do plantio); T2 – 1 DAP; T3 – 7 dias após o plantio e, T4 – 14 dias após o plantio. Nos tratamentos 1 e 2 o manejo foi feito através da dessecação com herbicida não seletivo glyphosate (Rond Up Original) e nos tratamentos 3 e 4, o manejo foi efetuado com a utilização do herbicida seletivo Tembotrione (Soberan), ambos pulverizados com pulverizador costal. O plantio do milho ocorreu no dia 15 de agosto com semeadora-adubadora própria para o plantio desta cultura em plantio direto, obedecendo as recomendações técnicas para a região. Os parâmetros avaliados foram altura de plantas, área foliar e a emergênica de plantas de milho. A medição de altura de planta foi realizada do nível do solo até o ponto mais alto da planta e a área foliar foi estimada conforme modelo proposto por Francis et. al. (1969), ambas feitas com a utilização de um escalímetro 15 dias após a emergência das plantas. A contagem de plantas emergidas foi feita com contagem direta. Realizou-se 3 amostragens por unidade experimental e a média entre elas adotadas com valor do item avaliado para a parcela. Os dados coletados a campo foram submetidos a análise de variância e teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade com o auxílio do software SASM-Agri. Resultados e Discussão: Observou-se que houve diferença significativa nas variáveis altura de plantas e área foliar, sendo que as plantas apresentaram maior altura e maior área foliar no tratamento 1 e, menor altura e área foliar no tratamento 4. A emergência de plantas não apresentou diferença significativa entre os tratamentos. Conclusões: O manejo do nabo forrageiro feito 10 dias antes do plantio do milho implica em melhor desenvolvimento inicial da cultura e que quando realizado 1 dia antes ou após o plantio do milho reduz significativamente a altura e a área foliar das plantas de milho no período inicial do seu desenvolvimento. Orgão de Fomento:
Palavras-chave
ervas daninhas, cultura do milho, plantas de cobertura
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